sexta-feira, 21 de março de 2008

20 - Panorama do conto cearense – Parte Final

ttp://www.cronopios.com.br/site/artigos.asp?id=1514


Por Nilto Maciel



8 – OUTROS NOVOS CONTISTAS

Seguem-se informações sucintas relativas a contistas apresentados nos últimos anos do século XX e começos do XXI em coletâneas, quase sempre oriundas de concursos literários, em periódicos e na Internet.

Adriano Espínola (Fortaleza, 1952) é poeta e ensaísta dos mais conceituados no Brasil, com alguns livros publicados por grandes editoras. Tem também escrito contos. Professor de Literatura Brasileira.

Aetamira Lúcia Ribeiro: 3º. lugar no I Prêmio Cidade de Fortaleza, com "A Casa".

Ajuricaba Freitas Gaspar (Teresina, Pi, 1943) teve publicado "A Transação ou O Coronel, Sua Mula e o Cigano" na coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003.

Alda Maria Cordeiro de Santana (Nova Olinda, 1961). Mostrou os primeiros seis contos no livro II Prêmio Ceará de Literatura. São eles: "Filhos da Selva", "Extraterreno", "Conversa pra Boi Dormir", "Fora da Lei", "Cem Cruzeiro ou Cem Cruzado não vale um Vintém Furado" e "Homem-Bicho ou Bicho-Homem".

Alexandre Perazo Nunes de Carvalho: 7º com "O Almoço de Confraternização", no IV FUC, publicado em coletânea.

Álvaro Fernando de Araújo Filho: 6º. no II FUC, com "...e o sonho fez-se verbo".

Ângela Maria Bessa Linhares, professora universitária, dramaturga, com obra publicada, tem "A Ninguém" na coletânea 3º. Prêmio Ideal Clube de Literatura.

Antonio Carlos Klein: 8º. no II FUC, com "No Velório do Vidal".

Antonio Vanderley Moreira: 6º. no IV FUC, em 1996, com "Sem Verde e Sem Vida", publicado em coletânea.

Carla Amalia Lourenço tem contos em jornais e premiados. 2º. no I Prêmio Literário Cidade de Fortaleza, com "Bicha não...". 6º. com "Combinações", na quinta versão do mesmo concurso, de 1995. Ambos publicados nas coletâneas que reuniram os contos e poemas premiados.

Carlos Alexandre Bastos Gonçalves (Belford Roxo, RJ, 1979) está presente à coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003, com "Residencial Vila Lobos".

Carlos Costa obteve menção honrosa (ou 4.º lugar) no III Prêmio Literário Cidade de Fortaleza, 1992, com "Como no Vietnam".

Cecília Oliveira do Nascimento tem "O Natal de Calu" na coletânea 3º. Prêmio Ideal Clube de Literatura.

Celina Côrte Pinheiro, paulista de nascimento, mora e clinica em Fortaleza, onde também escreve contos e os tem estampado em jornais e nas coletâneas da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores.

Cellina Muniz participa de Antologia Literária (Prêmio Domingos Olímpio de Literatura, 1998, Sobral), com "Ambrósio".

César Barros Leal (1950) tomou parte em antologias, como 10 Contistas Cearenses. A opinião de Nascimento, a respeito do conto incluído nesse livro, é de que o contista "conduz a linha narrativa de ‘Meu Grande Amigo’ numa linguagem reminiscente mais objetiva, centrada num episódio de sua vida. Entretanto, somente o narrador emerge dotado das funções de lembrar e reproduzir imagens e sensações".

Clodomiro Paulino Gomes Filho: 2º. no I e no IV FUC, com "O Rubi" e "O Cardápio", respectivamente.

Cristiano Gonçalves Ribeiro está presente na coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003, com "Grito na Tempestade".

Daniel Magérbio Almino de Lucena (Crato, Ce, 1978): "Elipse", na coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003.

Dimas Macedo, natural de Lavras da Mangabeira, tem se dedicado à poesia e à crítica literária, com êxito. No campo da prosa de ficção já apresentou alguns textos, como "Escritos do Dilúvio" e "Poética da Esfinge", incluídos no volume de artigos e ensaios Crítica Dispersa. Tem inéditas diversas histórias curtas e, em preparo, um romance.

Daniel Magérbio Almino de Lucena (Crato, Ce, 1978) participou com "A Força no Sentido Horário" da coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003.

Ecila Moreira de Meneses: 7º. no I FUC, com "Odisséia de Cada Dia".

Edilson Brasil Júnior (ou Edilson Brasil de Souza) tem "As Mãos na Face" na coletânea 3º. Prêmio Ideal Clube de Literatura e "Bodas de Nunca Mais" na coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003.

Emerson Freitas Braga participa do terceiro volume do Ideal, com "A Árvore do Bem e do Mal".

Erick Leite Maia tem "A Menina que Falava Alemão" na Antologia Literária (1º. Prêmio Domingos Olímpio de Literatura, 1998, Sobral). No terceiro livro do mesmo prêmio, de 2000, compareceu com "Einstein e o luar do sertão".

Fabiano dos Santos: 6º. no I FUC, com "UTI". Tem livros para o público infantil.

Fayga Silveira Bedê: 8º. no I FUC, com "Daniel à Porta do Céu".

Fernando Marcelo Probo: 5º. com "Câncer", no I FUC, da UFC, 1993.

Francisco José Brasil participa da coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003, com "Minha Louca Estória com Djaíldo e Outras Coisas que nem Lembro para Contar".

Francisco Octávio Marcondes Rudje (Rio de Janeiro, RJ, 1944), tradutor, participa da coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003, com "Noturno Urbano".

Francisco Paulo de Souza: "Sou temperadental", 1º. no I Prêmio Literário Cidade de Fortaleza. Tem contos em jornais.

Germano Silveira, formado em Letras, tem obras publicados, entre elas um romance premiado. Participa da terceira coletânea do Ideal, com "Claustrofobia".

Gislene Maia de Macedo: 9º. no II FUC, com "O Homem velado".

Iclemar Nunes: 3º. com "Tiãozinho Bananeira e as Diretas Já", no I Prêmio Cidade de Fortaleza e publicado na coletânea do mesmo nome.

Igor Leite Mendonça Mina (Fortaleza, 1983) apresentou "Conto de um Rei sem Trono" e "Charles Patrick e a Doutrina do Pensamento Imanifesto" na coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003.

Irenísia Torres de Oliveira: 3º. no I FUC, com "Noturno".

Ivan Moreira de Castro Alves (Fortaleza, 1926) está incluído na antologia O Talento Cearense em Contos, com "Maré Baixa ou Contos da Lua Vaga". Tem diversos livros publicados (memórias, crônicas).

Jádson Barros Neves (Miranorte, To, 1966) publicou os livros O Homem, o Pássaro, o Rio e Entre Eles, os Escorpiões. Tem contos premiados, como "Paisagem para Isabel", publicado na coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003.

Jean Garcia Lima (Fortaleza, 1977) está incluído na coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003, com a narrativa "O Profeta da Pedreira".

Jeovah Lucas da Silva: 10º. no IV FUC, com "Agressões", publicado em coletânea.

Jesus Rocha (Maranguape) tem livros para o público infanto-juvenil, além de contos esparsos em periódicos. Da antologia O Talento Cearense em Contos é integrante com "Cenas de Futebol e de Aviação".

Joan Edessom de Oliveira está presente na segunda coletânea do Prêmio Domingos Olímpio, com "Os Afogados". Na terceira obteve o primeiro lugar, com "Os Filhos de Aprígio Martins".

João Dionísio Viana Neto também participa do mesmo livro, com "Recordações".

José Augusto do Nascimento Filho: 3º. no II FUC, com "Revolução", e em 8º. no XII Prêmio Literário Cidade de Fortaleza, 2003, com "Traição".

José Augusto Nóbrega Lessa teve "O Acompanhante do Outono" classificado em 1º. lugar no XII Prêmio Literário Cidade de Fortaleza, em 2003.

José Carlos do Nascimento obteve, com "Destino, Vida e Morte do Homem-Álcool", o 9º. no XII Prêmio Literário Cidade de Fortaleza, 2003.

José Célio Freire, professor universitário, participa da terceira coletânea do Ideal, com "Refém@imaginet.com.br".

José Cornélio Ribeiro Neto compareceu à terceira antologia do Prêmio Domingos Olímpio, com "O Cabral".

José Flamarion Pelúcio Silva (Pombal, PB, 1942) teve classificados e publicados "Esse meu pai..." e "Lua Negra" na coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003.

José Mesquita Xavier Ferreira, com "A Flor", em 5.º no XII Prêmio Cidade de Fortaleza, 2003.

Juliana Antunes de Menezes participa da coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003, com "Amigo Desconhecido".

Júlio Lira é sociólogo atuante na área dos direitos das crianças e dos adolescentes. Publicou A Historia Inacabada de Maria Rapunzel (Edições Demócrito Rocha). "Por que a humanidade precisa suicidar-se" foi contemplado com o Prêmio Domingos Olímpio e publicado em Literatura n.º 24. "Nove de Copas" obteve o 2.º lugar no XII Prêmio Literário Cidade de Fortaleza, 2003. Prepara Pequenas e Quase Inocentes Histórias de Horror.

Lígia Leal Heck (Rio de Janeiro, RJ, 1948) aparece na coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003, com "Uma Versão Versada".

Lourival Mourão Veras, poeta e contista, teve "A Lua de Felícia" colocado em 5.º no V Prêmio Literário Cidade de Fortaleza, 1995, e apresentado na coletânea que reuniu os contos e poemas premiados.

Lucelindo Dias Ferreira Júnior (Cacoal, RO, 1984) participa da coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003, com "Sentir Muito".

Luciano Lira de Macedo (Crato) escreve contos e crônicas, que divulga em jornais, revistas e coletâneas, especialmente as da Sobrames, médico que é.

Lucineide Souto tem publicado contos em jornais e revistas, como "A Burra de Padre", em Literatura nº. 24. Tem no prelo seu primeiro volume de histórias curtas, Chame os Meninos.

Luís Marcus (ou Marcos) da Silva (Fortaleza, 1964) editou "Noite Empalhada", no Almanaque de Contos Cearenses. Teve "Ociosidade" classificado (e publicado em coletânea) em 4º. lugar no I Prêmio Literário Cidade de Fortaleza. Estampou contos em jornais.

Luiz Antonio Simonetti: em 9º. com "O Aprendiz", no I FUC.

Marcela Magalhães de Paula (Rio Claro, SP, 1983) tem "Essência" na coletânea VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003.

Marcela Rosseti Pacheco (Rio de Janeiro, RJ, 1976) participa da segunda, terceira, quarta coletâneas do Ideal Clube, nesta com "Adeus", e da sexta com "Caleidoscópio".

Marcus Túlio Dias Monteiro, graduado em Letras, tem livro de poemas editado. "Rua Verdadeira" se classificou em 9º. lugar no IV FUC e foi publicado em coletânea, e "Uma Noite Na Fortaleza Descalça" está na terceira coletânea do Ideal. Incluído também no VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003, com "Íncubus: Um Passeio Pelos Sonhos Humanos".

Maria Amélia Barros Leal é uma das participantes de 10 Contistas Cearenses. F. S. Nascimento faz restrições a "O Elevador": "Sua aptidão kafquiana (sic) poderá conduzi-la a texturas bem mais urdidas, não lhe faltando talento e força criativa para alcançar melhor posição no panorama do conto no Ceará".

Maria Carolina Lobo: 10º. com "Crônica de Uma Morte Generosa", no I FUC.

Maria Thereza Leite tem obras premiadas. "Mosaicos" (1º. lugar) e "A Angústia das Árvores do Parque" estão na terceira coletânea do Ideal.

Marta Adalgisa Nunes (Santana do Cariri, CE, 1957), pós-graduada em língua portuguesa, estampou "A Viagem" no VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003.

Max Victor Freitas: 10º. no II FUC, com "Júlia".

Napoleão Sousa Jr. (Fortaleza, 1969) apresentou alguns de seus contos em jornais e revistas e obteve alguns prêmios literários. Para a antologia O Talento Cearense em Contos teve selecionado "No Quintal". Faz parte do V Prêmio Literário Cidade de Fortaleza, 1995, com "As Noites de Augustina", classificado em 4.º lugar. "Dente de Leite" obteve o 5.º lugar no II FUC. Participa também da antologia do II Prêmio Literário Domingos Olímpio, com "Casa de Fogos", e do terceiro, com "O Domador".

Natalício Barroso publicou em 2002 o livro Novelas Reunidas e, no ano seguinte, "O romance" (Revista Literatura n.º. 24).

Nuno Gonçalves Pereira nasceu no Recife, PE, em 1977. Publicou "O Canto das Onças" na revista Arraia n.º. 2 e "O Caminho da Novena" no VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003, classificado em 1.º lugar no concurso que deu origem ao livro.

Osmar Menezes dos Santos participa da terceira coletânea de contos do Ideal Clube, com "Na Sala de Espera da Morte".

Otoniel Arilo Landim está na Antologia Literária do II Prêmio Domingos Olímpio, 1999, com "O Último Comboio" (3º.).

Paulo César Benício Mariano se classificou em 8º. no IV FUC, com "O Fogão", publicado em livro.

Paulo Henrique de Oliveira participa da terceira coletânea do Ideal, com "Vae Soli".

Paulo de Tarso Vasconcelos: 7º. no II FUC, com "O Olhar".

Raffaella Maria Duarte: 4º. no I FUC, com "Clara e Téo".

Raimundo Cavalcante dos Santos (Canindé, 1952) publicou um romance e uma peça de teatro. Com a narrativa "Xifópagos" participa do VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003.

Raul Silveira Bento faz parte do VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003, com "Noites Frias de Dezembro".

Révia Maria Herculano tem livro de poemas editado. "Saqueadores de Memórias" está na terceira coletânea do Ideal.

Ricardo Guilherme Vieira dos Santos (Fortaleza, 1955). Mais conhecido como ator, dramaturgo e diretor de teatro. Tem livros sobre teatro. Um dos vencedores do II Prêmio Ceará de Literatura, categoria conto, e ganhador (1.º lugar) do III (1992), com "A Minha Nêgo ou O Casulo e a Larva", de que resultaram coletâneas.

Roberto Vasconcelos Lima: "O Jogo", 6.º no XII Prêmio Literário Cidade de Fortaleza, 2003.

Rogério Santos Braga: 10.º com "Nota de Suicídio", no referido concurso.

Rogério da Silva e Souza tem "O Fortim de Santiago" na terceira coletânea do Ideal.

Rosel Ulisses Vasconcelos obteve alguns prêmios literários, como o 6.º lugar no IV Prêmio Literário Cidade de Fortaleza e o 7.º no V, com "O Tirano de Pedra". 1º. no IV FUC, com "A Missa de Evilásio Cintra", publicado em livro. Com "Dédalos" se fez presente na Antologia Literária (1º. Prêmio Domingos Olímpio de Literatura, 1998, Sobral) e com "Passos do Tempo" na segunda coletânea, do ano seguinte.

Ruth Maria de Paula Gonçalves, professora universitária, participa da terceira coletânea do Ideal, com "Tirados do Pé" (2º.) e "Tempo".

Sabrina Kelma Tomaz está no mesmo livro, com "Vale a Pena Lutar!"

Sânzio de Azevedo (Fortaleza, 1938), mais conhecido como ensaísta, historiador da Literatura Cearense e poeta, também escreve contos.

Sarah Diva Ipiranga participa da Antologia Literária do II Prêmio Domingos Olímpio, com "A Missão".

Soares Feitosa é poeta, mas já deu a conhecer contos, que seriam capítulos de um romance em construção.

Vânia Maria Ferreira Vasconcelos (Salvador, BA, 1961), mestra em Literatura Brasileira, mostrou "Segunda-feira" e "Fuxico" no VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003.

Vanius Meton Gadelha Vieira (Fortaleza, 1944), psiquiatra, apresentou "O Último Colibri" no VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003.

Vilmar Ferreira de Souza: 2º. com "As Águas do Rio", no II FUC.

Zélia Maria Sales Ribeiro (Itapajé, CE, 1962), professora de Letras, participa do VI Prêmio Ideal Clube de Literatura, 2003, com "O Anjo".





9 – ANTOLOGIAS E PERIÓDICOS LITERÁRIOS NO CEARÁ

As primeiras antologias de contos apareceram, no Ceará, muito depois do surgimento de jornais e revistas voltados para a divulgação da literatura cearense.

A primeira delas é Uma Antologia do Conto Cearense (Imprensa Universitária do Ceará, Fortaleza, 1965). A única mencionada na bibliografia sumária de A Literatura Cearense, de Sânzio de Azevedo, de 1976. Com um estudo de Braga Montenegro, intitulado "Evolução e Natureza do Conto Cearense", apresenta obras de Artur Eduardo Benevides, Braga Montenegro, Eduardo Campos, Fran Martins, João Clímaco Bezerra, José Maia, Juarez Barroso, Lúcia Fernandes Martins, Margarida Sabóia de Carvalho, Milton Dias, Moreira Campos e Sinval Sá.

10 Contistas Cearenses – Antologia (Secretaria de Cultura e Desporto do Estado do Ceará, Fortaleza, 1981) é resultado do "Concurso Livreiro Edésio", promovido pela Livraria Edésio e pela Secretaria de Cultura. Seguindo a ordem de classificação no concurso, o livro traz peças de Airton Monte, Nilto Maciel, Alberto Santiago Galeno, Nilze Costa e Silva, César Barros Leal, Waldy Sombra, Fernando Câncio Araújo, Maria Ilma de Lira, Valdemir de Castro Pacheco e Maria Amélia Barros Leal. A apresentação é de F. S. Nascimento, um dos ajuizadores do concurso.

Antologia do Conto Cearense (Edições Tukano, Fortaleza, CE, 1990) foi organizada por Mary Ann Leitão Karan. Embora tenha pouco mais de cem páginas, inclui principiantes ao lado de consagrados, num total de 15 participantes, deixando de lado contistas com livros publicados, até mesmo por grandes editoras, além de serem verbetes em enciclopédias de Literatura Brasileira.

O Talento Cearense em Contos (Editora Maltese, São Paulo, SP, 1996) é obra de Joyce Cavalcante, como organizadora. Com mais de 200 páginas, incluiu 31 contistas. E também esqueceu alguns nomes importantes do conto cearense, como Airton Monte, Caio Porfírio Carneiro, Francisco Sobreira e Nilto Maciel.

Há também antologias mais abrangentes, isto é, que apresentam contos, crônicas e capítulos de romances ao lado de poemas. Em "A Literatura Cearense e a Cultura das Antologias" (FM, págs. 119/134), Batista de Lima relaciona e comenta, uma a uma, as antologias literárias publicadas no Ceará. Segundo ele, a primeira dessas coletâneas a apresentar prosa de ficção, ao lado de versos, se trata de Os Novos do Ceará, no primeiro centenário da independência do Brasil, editada em 1922 e organizada por Aldo Prado. Informa ainda: "Quanto aos textos em prosa, há dos mais variados tipos: são contos, pequenos ensaios e algumas crônicas com tom doutrinário".

A quinta antologia da Literatura Cearense – informa Batista de Lima – é a segunda a apresentar prosa e verso. Editada em 1957, Antologia Cearense, organizada pela Academia Cearense de Letras, mostra 102 escritores dos séculos 19 e XX.

Em 1966 foi divulgada Terra da Luz, dividida em duas partes: "Poetas Cearenses" e "Prosadores do Ceará". Em 1998 o Diário do Nordeste patrocinou a segunda edição, atualizada, a cargo de Carlos d’Alge, desta feita subdividida em dois volumes. Um deles traz o subtítulo Prosadores e vai de José de Alencar a Paulo Bonavides. No entanto, muitos dos contistas aparecem com capítulos de romances. Contos mesmo, ou trechos de contos, somente de Herman Lima, João Jacques, Fran Martins, Moreira Campos e Eduardo Campos.

Em 1976 Sânzio de Azevedo apresentou a volumosa obra intitulada Literatura Cearense, "a mais completa das nossas antologias", na opinião de Batista de Lima.

Outro exemplo desse tipo de antologia é Letras ao Sol – Antologia da Literatura Cearense. Organizada por Oswald Barroso e Alexandre Barbalho, publicou-se em 1996, com selo da Editora Maltese, de São Paulo, e apoio da Fundação Demócrito Rocha, do Ceará. Contos e trechos de contos somente de Oliveira Paiva, Herman Lima, Moreira Campos, Juarez Barroso, Airton Monte e Gilmar de Carvalho.

Há, ainda, antologias resultantes de concursos literários, muitas delas compostas de contos e poemas. Por sua imensa variedade e terem sido mencionadas no decorrer do ensaio, não serão relacionadas neste capítulo.

Os periódicos, no século 19 e princípios do XX, nem sempre estiveram relacionados a grupos ou movimentos literários. Dolor Barreira afirma: "As revistas e jornais exclusivamente ou em parte literários surgem todos os anos, copiosamente, sendo de notar-se que entre 1850 e 1932 o Barão de Studart catalogou duzentos e vinte e quatro deles".

Uma das mais citadas em estudos é a revista A Quinzena, do Clube Literário, que circulou de janeiro de 1887 a junho de 1888, perfazendo 30 números. Em suas páginas estamparam-se contos de Oliveira Paiva, Francisca Clotilde, José Carlos Ribeiro Júnior, poemas de Juvenal Galeno, colaborações literárias de outros membros do Clube e convidados, como o contista catarinense Virgilio Varzea. Como o nome indica, o jornal circulava quinzenalmente e era vendido por assinatura e nas ruas.

Outros importantes órgãos da imprensa literária da época foram O Domingo, Revista Contemporânea, Ceará e A Avenida. O primeiro apareceu em 1888 e nele se publicaram contos cearenses e também de outros Estados.

Na reflexão de Dolor Barreira, "quem estuda as letras do Ceará, sem ânimo prevenido, nos anos que medeiam entre 1890 e 1900, não pode deixar de ocupar-se, algum pouco, com a Revista Moderna", fundada em 1891, publicada mensalmente e dirigida por Adolfo Caminha. No capítulo seguinte de sua portentosa obra, o historiador lembra mais três periódicos daquele período: O Ceará Ilustrado, a Galeria Cearense e A Pena.

O jornal O Pão, da Padaria Espiritual, fundada em 1892, teve editado o primeiro número em 10 julho, com o anúncio de que seria publicado somente aos domingos, "não se acceitam assignaturas" e "não se acceita collaboração". Além de poemas, publicava contos, artigos etc. Lopes Filho assina o "conto popular" intitulado "O Dia Aziago" como Anatolio Gerval, no n.º. 2, enquanto Arthur Theophilo assina "A Morte da Avó", acrescentado do pseudônimo Lopo de Mendoza, no n.º. 7. O periódico teve duas vidas: A primeira editou seis números e a segunda se iniciou em 1895 e terminou em outubro de 1896.

O Centro Literário surgiu em 1894 e imprimiu a revista Iracema a partir do ano seguinte até 1896. A Academia Cearense, fundada em 1894, criou a Revista da Academia Cearense, que circulou até 1914. Dela surgiu a Academia Cearense de Letras. Outro periódico literário de relevância é Cipó de Fogo, de 1929, dirigido por João Jacques, como veículo de divulgação das idéias e obras do modernismo cearense. O Grupo Clã surgiu em 1943. A revista Clã teve editado o primeiro número em 1946.

Estes órgãos estão muito bem estudados em dicionários, enciclopédias e histórias da Literatura, razão pela qual se dará destaque, neste estudo, às revistas e jornais surgidos após o Grupo Clã.

Nota-se, ainda, a inexistência, no Ceará, de revistas dedicadas exclusivamente ao conto, à narrativa curta. Em outros países e mesmo no Brasil também elas não são muito freqüentes. No México, no século XX, a revista El Cuento chegou a ser divulgada no Brasil. No Rio de Janeiro a revista Ficção perdurou por algum tempo, no final dos anos 1970. Mensal, publicava contos de escritores brasileiros novos ou em plena atividade. Nos anos 1980 surgiu Ficções, da Editora Mercado Aberto, do Rio Grande do Sul, e em 1998 apareceu outra Ficções, no Rio de Janeiro (Editora Sette Letras). A explicação mais provável para que isto ocorresse e ocorra pode ser o pequeno número de contistas, em relação aos poetas e romancistas. Veja-se que ao tempo do Grupo Clã poucos foram os contistas mais fecundos. O mesmo se pode dizer em relação ao período seguinte, quando surgiu O Saco. Talvez apenas cerca de dez escritores se dedicassem ao conto. Só recentemente esse número aumentou, como se pode verificar quando se folheiam Seara e Espiral.

Vejam-se, em resumo, as principais revistas literárias surgidas no Ceará após 1970.

O Saco Cultural, idealizado e dirigido por Manoel Coelho Raposo, Jackson Sampaio, Carlos Emílio e Nilto Maciel, teve impresso o primeiro número em abril de 1976. O último saiu em fevereiro de 1977. Dividido em quatro cadernos, acondicionados em um saco de papel (a capa), num deles (Prosa) apresentou contos dos cearenses Airton Monte, Alcides Pinto, Antônio Girão Barroso, Barros Pinho, Carlos Emílio Correa Lima, Fernanda Gurgel do Amaral, Francisco Sobreira, Fran Martins, Gilmar de Carvalho, Hugo Barros, Jackson Sampaio, João Teixeira, José Domingos Alcântara, José Hélder de Souza, Joyce Cavalcante, Juarez Barroso, Marcondes Rosa, Moreira Campos, Nilto Maciel, Oliveira Paiva, Papi Júnior, Paulo Véras, Renato Saldanha, Roberto Aurélio e Yehudi Bezerra.

A história desta revista, bem como a análise de seus fundamentos ideológicos, o leitor poderá conhecer melhor no livro Cultura e Imprensa Alternativa, de Alexandre Barbalho.

Siriará – Uma Revista Literária foi o órgão do grupo do mesmo nome. O Grupo Siriará surgiu oficialmente em 1979, após a divulgação de um manifesto, datado de 14 de julho daquele ano. É desta data a publicação do n.º 1 (e único) de Siriará – Uma Revista Literária. Nele se estamparam, além de poemas e desenhos, contos de Carlos Emílio, Geraldo Markan, Fernanda Teixeira Gurgel do Amaral, Nilto Maciel, Jackson Sampaio, Eugênio Leandro, Paulo Véras e Airton Monte.

Seara – Revista de Literatura surgiu em 1986, em Fortaleza, como órgão do Grupo Seara. O editorial do n.º 2 (1986) se refere ao surgimento do grupo, "um conjunto também heterogêneo: dez mulheres que fazem do exercício de linguagem escrita não um meio de extravasar seus anseios e frustrações íntimas, porém um vigoroso e assumido trabalho de criação artística". A partir do n.º 5 mudou o formato 15x21 para o 21x28, passando a ser editada em Brasília e tendo como Conselho Editorial Beatriz Alcântara, Marly Vasconcelos e Samira Abrahão. O último número, o sétimo, é de 1991, sob a coordenação geral de Beatriz. Divulgou contos das principais contistas cearenses do final do século XX, como Ângela Barros Leal, Beatriz Alcântara, Glícia Rodrigues, Inez Figueredo, Isa Magalhães, Joyce Cavalcante, Marisa Biasoli, Marly Vasconcelos, Mary Ann Leitão Karam, Nilze Costa e Silva e Regine Limaverde.

O Pão teve início em 1992 (o primeiro número é de 30 de maio) e durou alguns anos. O nome do jornal da Padaria Espiritual deu fama ao periódico do poeta Virgílio Maia. Nele se publicavam poemas, contos, artigos, desenhos.

Espiral: Revista Literária apareceu em 1995, sob a coordenação geral de Beatriz Alcântara, secundada por Dimas Macedo, Márcia Arbex, Marly Vasconcelos e Francisco Nóbrega. A proposta desta nova revista é mais abrangente, não mais se limitando a divulgar somente obras de escritoras. O primeiro número traz as seções intituladas poesia, conto, ensaio, homenagem, entrevista e livros. Os contos são das cearenses Inez Figueredo, Lena Ommundsen, Joyce Cavalcante, Erika Ommundsen Pessoa e Nilze Costa e Silva e de Nilto Maciel. No segundo número aparecem outras seções: crônica, glossário, memória, artigo e centenário. A revista passa a ter o subnome "Revista de Literatura". Expande-se o leque de colaboradores, agora de todo o Brasil. Os nomes do editor, coordenador geral e dos membros do conselho editorial foram se revezando ao longo das edições, a partir do n.º 2, com a incorporação de João Dummar Filho, como editor. O número 7 saiu em 2002.

Almanaque de Contos Cearenses, embora não tenha sido criado como revista, pode ser considerado a única revista cearense de contos. Um dos primeiros atos do grupo se deu quando, em janeiro de 1997, alguns escritores se reuniram sob as árvores do bosque do Curso de Letras da Universidade Federal do Ceará e, com a presença de Dona Zezé Moreira Campos e Natércia Campos, esposa e filha do contista Moreira Campos, batizaram o local de Bosque Moreira Campos. Participaram da solenidade os escritores Alano de Freitas, Alba Alves, Audifax Rios, Astolfo Lima Sandy, Caio Porfírio Carneiro, Dimas Carvalho, Dimas Macedo, Jorge Pieiro, Napoleão Souza Jr., Natércia Campos, Nilto Maciel, Paulo de Tarso Pardal, Pedro Rodrigues Salgueiro, Sânzio de Azevedo e Tércia Montenegro. Na ocasião foi lançada a idéia do Almanaque. Meses depois saiu a edição do n.º 1 da referida publicação, sob a direção de Elisangela Matos, Pedro Rodrigues Salgueiro e Tércia Montenegro. Dividido em duas partes, a primeira intitula-se "Arquivo/Memória" e visa "resgatar contos perdidos em periódicos ou não reeditados". Apresenta contos de Adolfo Caminha, Otávio Lobo, Moreira Campos e Juarez Barroso. A segunda – "Inéditos/Dispersos" – objetiva mostrar ao público contos de diversas gerações. É a vez dos contistas em atividade, desde os mais velhos aos mais novos: Eduardo Campos, José Alcides Pinto, Caio Porfírio Carneiro, Natércia Campos, Nilto Maciel, Audifax Rios, Astolfo Lima Sandy, Batista de Lima, Ronaldo Correia de Brito, Alano Freitas, Pardal, Carlos Emílio Corrêa Lima, Jorge Pieiro, Luís Marcus da Silva, Dimas Carvalho, Pedro Salgueiro, Napoleão Sousa Jr, Luciano Bonfim e Tércia Montenegro.

Literapia – Revista de Literatura da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores surgiu em julho de 1999, sob a direção do poeta Pedro Henrique Saraiva Leão. Apesar de se tratar de publicação de uma entidade de médicos, tem publicado poemas, contos, crônicas, artigos de escritores em geral.

Literatura – Revista do Escritor Brasileiro nasceu em Brasília (janeiro de 1992), por iniciativa de Nilto Maciel, e até o n.º 23, relativo ao segundo semestre de 2002, se imprimiu na Capital da República. A partir de então passou a se editar em Fortaleza. Traz entrevista, artigos e ensaios de literatura, poemas, contos etc.





10 – SÍNTESE CRONOLÓGICA

Neste quadro estão anotados, em ordem cronológica, os títulos dos livros de contos estudados ou apenas mencionados (ano da publicação em primeira edição) no estudo, seguidos dos nomes dos autores, bem como de algumas antologias. E também fatos da História da Literatura Cearense, tais como o surgimento de grupos e periódicos literários.



1856 – Cinco Minutos (plaqueta, fora do mercado) – José de Alencar.

1860 – Cinco Minutos e A Viuvinha – José de Alencar.

1861 – Trindade Maldita (Contos no Botequim) – Franklin Távora.

1868 – Contos Brasileiros – Araripe Júnior.

1871 – Cenas Populares – Juvenal Galeno.

1886 – Fundação do Clube Literário.

1887 – Aparecimento do jornal A Quinzena, do Clube Literário, onde se publicaram contos de Oliveira Paiva e outros.

1889 – Ciências Naturais em Contos – Rodolfo Teófilo.

1892 – Criação da Padaria Espiritual e do jornal O Pão, no qual se publicaram contos de Artur Teófilo e outros.

1894 – Contos do Ceará – Eduardo Sabóia.

1894 – Criação do Centro Literário e de sua revista Iracema, que passou a se imprimir no ano seguinte.

1895 – Diferentes – Quintino Cunha.

1895 – Miudinhos – Fernando Weyne.

1897 – Perfis Sertanejos – José Carvalho.

1897 – Coleção de Contos – Francisca Clotilde.

1898 – Isaura – José Pereira Martins.

1901 – Em Sonhos – Alba Valdez (pseudônimo de Maria Rodrigues Peixe).

1907 –Histórias da vida e da morte e Um coração sensível – Tomás Lopes.

1910 – Caras e corações – Tomás Lopes.

1910 – O Conduru – Rodolfo Teófilo.

1912 – Livro Truncado – Oscar Lopes

1915 – Praias e Várzeas – Gustavo Barroso.

1918 – O Cisne Branco – Tomás Lopes.

1920 – Seres e Sombras – Oscar Lopes. Não há data da publicação de Maria Sidney.

1920 – Ronda dos Séculos – Gustavo Barroso.

1922 – Mula-sem-cabeça e Pergaminhos – Gustavo Barroso.

1922 – Torturas do Desejo – Carlos de Vasconcelos.

1924 – Alma Sertaneja, Mapirunga, O Bracelete de Safiras (s/d), Livro dos Milagres, Cinza do Tempo (s/d) – Gustavo Barroso.

1924 – Tigipió – Herman Lima.

1928 – A Mãe-da-Água – Herman Lima.

1929 – Flagrantes ao Sol do Norte – Santino Gomes de Matos

1931 – Idéia Fixa – Antônio Furtado, Rio de Janeiro.

1933 – Rincões dos Frutos de Ouro, premiado pela Academia Brasileira de Letras – Sabóia Ribeiro.

1933 – Mulheres de Paris – Gustavo Barroso.

1934 – Manipueira – Fran Martins.

1934 – Impróprio para Menores – R. Magalhães Júnior.

1936 – Fuga e Outros Contos – R. Magalhães Júnior.

1939 – O Livro dos Enforcados – Gustavo Barroso.

1943 – Sapupema (contos amazônicos) – José Potyguara ou Potiguara.

1943 – Surgimento do Grupo Clã, a revista do mesmo nome e as Edições Clã.

1943 – Águas Mortas – Eduardo Campos

1946 – Face Iluminada – Eduardo Campos.

1946 – Noite Feliz – Fran Martins.

1946 – Uma Chama ao Vento, reeditado em 1980 pelas Edições UFC – Braga Montenegro.

1948 – Mar Oceano – Fran Martins.

1949 – Vidas Marginais – Moreira Campos.

1949 – A Viagem Definitiva – Eduardo Campos.

1954 – Contos – Papi Júnior, publicação da Academia Cearense de Letras.

1955 – Açude e Outros Contos – F. Magalhães Martins.

1955 – Trevo de quatro folhas – Cândida Galeno (Nenzinha Galeno).

1957 – Portas Fechadas – Moreira Campos.

1958 – Caminho sem horizonte – Artur Eduardo Benevides.

1960 –Alma Rude, contos regionais – Carlyle Martins.

1960 – O Amigo de Infância – Fran Martins.

1960 – Sete Estrelo – Milton Dias. Seguiram-se As Cunhãs, A Ilha do Homem Só, Entre a Boca da Noite e a Madrugada, Cartas sem Resposta, As Outras Cunhãs e A Capitoa, todos subintitulados "estórias e crônicas".

1961 – Trapiá – Caio Porfírio Carneiro.

1963 – O Brasileiro Perplexo – Rachel de Queiroz.

1963 – As Vozes do Morto – Moreira Campos.

1964 – A Vida em Contos – Margarida Sabóia de Carvalho.

1965 – Uma Antologia do Conto Cearense (Imprensa Universitária do Ceará), com apresentação de Braga Montenegro.

1965 – Os Grandes Espantos – Eduardo Campos.

1965 – Editor de Insônia – José Alcides Pinto.

1965 – Publicação do ensaio "Evolução e Natureza do Conto Cearense", de Braga Montenegro.

1966 – Contos do Cacau – Sabóia Ribeiro.

1967 – As Danações – Eduardo Campos.

1968 – O Abutre e Outras Estórias – Eduardo Campos.

1969 – O Puxador de Terço – Moreira Campos.

1969 – Mundinha Panchico e o Resto do Pessoal – Juarez Barroso.

1969 – Os Meninos e o Agreste – Caio Porfírio Carneiro.

1970 – O Tropel das Coisas – Eduardo Campos.

1971 – Histórias de Trancoso – Cruz Filho.

1972 – A Morte Trágica de Alain Delon – Francisco Sobreira.

1972 – Exercício Para o Salto – Cláudio Aguiar.

1972 – Os Olhos do Lixo – Socorro Trindad.

1972 – A Coleira de Peggy – Holdemar Menezes.

1973 – Pluralia Tantum – Gilmar de Carvalho.

1974 – Itinerário – Nilto Maciel.

1975 – O Casarão – Caio Porfírio Carneiro.

1976 – Surgimento da revista O Saco Cultural.

1976 – As Viagens e Outras Ficções, (novelas e contos), mais uma seleção dos Contos Derradeiros, até então inéditos em livro – Braga Montenegro.

1976 – Publicação, em livro, dos Contos de Oliveira Paiva.

1976 – Joaquinho Gato – Juarez Barroso.

1976 – O Menino D’água – Fernanda Teixeira Gurgel do Amaral.

1977 – Chuva – Os Dez Cavaleiros – Caio Porfírio Carneiro.

1977 – Depoimento de um Sábio – Cláudio Aguiar.

1977 – Milagre na Salina (catalogado como romance) – Mario Pontes.

1977 – Coisas & Bichos – José Hélder de Souza.

1977 – O Barco Naufragado – Holdemar Menezes.

1977 – Tocaia – Yehudi Bezerra.

1978 – Os Doze Parafusos – Moreira Campos.

1978 – Cada Cabeça uma Sentença – Socorro Trindad.

1978 – Reencontro – Glória Martins.

1978 – A Sonda Uretral – Holdemar Menezes.

1979 – Forma-se o Grupo Siriará, que edita um número de Siriará – Uma Revista Literária.

1979 – A Morte do Anjo da Guarda – Martins d’Alvarez.

1979 – A Noite Mágica – Francisco Sobreira.

1979 – Piero Della Francesca ou As Vizinhas Chilenas – Gerardo Mello Mourão.

1979 – O Mundo Refletido nas Armas Brilhantes do Guerreiro – Geraldo Markan.

1979 – O Grande Pânico – Airton Monte.

1979 – O Cabeça-de-Cuia – Paulo Véras.

1980 – Não Enterrarei os Meus Mortos – Francisco Sobreira.

1980 – O Jogador de Sinuca – Rachel de Queiroz.

1980 – Dia da Caça – Eduardo Campos.

1980 – Canoa Quebrada – Oniricrônicas – Geraldo Markan.

1980 – Contagem Depressiva – Simone Gadelha.

1981 – 10 Contistas Cearenses (antologia) – Apresentação de F. S. Nascimento.

1981 – Tempos de Mula Preta – Nilto Maciel.

1981 – O Contra-Espelho – Caio Porfírio Carneiro.

1981 – Homem Não Chora – Airton Monte.

1981 – Viagem – Nilze Costa e Silva.

1983 – Um Dia ... os Mesmos Dias – Francisco Sobreira.

1983 – A Estranha Estória de Bebeto Areião – José Maria Leitão.

1983 – A Viúva Fanática – Pery Augusto Bezerra. Publicou também Catarina e Outras Histórias Curtas de Amor.

1983 – Raios de Sol – Furtado Neto.

1983 – Alba Sangüínea – Airton Monte.

1983 – Seu Defunto e Outro – Pedro Wilson Rocha.

1983 – Conversa Fiada – Teoberto Landim.

1983 – Garoto de Baturité – Reginaldo Dutra.

1984 – Reflexões. Terror. Sobrenatural. Outras estórias – José Alcides Pinto.

1984 – Ofos – Carlos Emílio Corrêa Lima.

1984 – Caco de Vidro – Pedro Wilson Rocha.

1984 – A Lenda das Estrelinhas Magras – Rosemberg Cariry.

1984 – Os eleitos para o sacrifício – Holdemar Menezes.

1985 – A Grande Mosca no Copo de Leite – Moreira Campos.

1985 – Viagem sem Volta – Caio Porfírio Carneiro.

1985 – O Discurso da Mulher Absurda – Joyce Cavalcante.

1985 – Quinze Casos Contados – Ribamar Lopes.

1986 – Sai o primeiro número de Seara – Revista de Literatura, como órgão do Grupo Seara.

1986 – Punhalzinho Cravado de Ódio – Nilto Maciel.

1987 – Dizem que os Cães Vêem Coisas – Moreira Campos.

1987 – Já Fez a sua Fezinha Hoje?– Audifax Rios.

1987 – Ofícios de Desdita – Jorge Pieiro.

1987 – Psiu, o síndico pode estar ouvindo! – Leonisa Maria Magalhães de Souza.

1988 – Iluminuras – Natércia Campos.

1988 – Dilúvio – Nilze Costa e Silva.

1989 – Análise – Fran Martins.

1989 – O Tempo Está Dentro de Nós – Francisco Sobreira.

1989 – Os Dedos e os Dados – Caio Porfírio Carneiro.

1989 – Fragmentos de Panaplo – Jorge Pieiro

1989 – Último Ato – Beth Moreira Lima

1990 – Viagem e outras histórias – Roberto Amaral.

1990 – Antologia do Conto Cearense, organizada por Mary Ann Leitão Karan.

1991 – As Insolentes Patas do Cão – Nilto Maciel.

1992 – Rio dos Ventos – José Hélder de Souza.

1992 – Mergulhador de Acapulco – Sérgio Telles.

1992 – As Leves e Duras Quedas do Amor – Regine Limaverde.

1992 – Surge o jornal O Pão, dirigido por Virgílio Maia.

1993 – O Escrivão das Malfeitorias – Eduardo Campos.

1993 – Clarita – Francisco Sobreira.

1993 – D’aquém e D’além Mar – Beatriz Alcântara.

1993 – A Mulher de Passagem – Carlos d’Alge.

1993 – Itinerário do Reino da Barra – Dimas Carvalho.

1995 – O Navio Morto e Outras Tentações do Mar – Moacir C. Lopes.

1995 – A Partida e a Chegada – Caio Porfírio Carneiro.

1995 – Grandes Amizades – Francisco Sobreira.

1995 – Histórias do Começo do Mundo (7 Contos Minúsculos) – Alano de Freitas.

1995 – Margem Oculta – Paulo de Tarso Pardal.

1995 – O Peso do Morto – Pedro Salgueiro.

1995 – É criada Espiral: Revista Literária.

1996 – O Irresistível Charme da Insanidade – Ricardo Kelmer.

1996 – As Noites e os Dias – Ronaldo Correia de Brito.

1996 – O Espantalho – Pedro Salgueiro.

1996 – O Talento Cearense em Contos, antologia organizada por Joyce Cavalcante.

1997 – Crônica do Amor e do Ódio – Francisco Sobreira.

1997 – Babel – Nilto Maciel.

1997 – O Pescador da Tabocal – Batista de Lima.

1997 – Guia Prático para Sobrevivência no Final dos Tempos – Ricardo Kelmer.

1997 – O Caçador – Rinaldo de Fernandes.

1997 – Velhos Contos, Novos Contos – Zorrillo de Almeida Sobrinho.

1997 – Publica-se o Almanaque de Contos Cearenses.

1998 – A Borboleta Acorrentada – Eduardo Campos.

1998 – Mão de Martelo e Outros Contos – Astolfo Lima Sandy.

1998 – O Vendedor de Judas – Tércia Montenegro.

1998 – Na trilha dos Matuiús – José Costa Matos.

1998 – A Miragem do Espelho – Carlos Gildemar Pontes.

1999 – Andante com Morte – Mario Pontes.

1999 – A Casa do Morro Branco – Rachel de Queiroz.

1999 – Noturnos – Ana Miranda.

1999 – Foi na Seca do 19 – Lustosa da Costa.

1999 – Pescoço de Girafa na Poeira – Nilto Maciel.

1999 – Difícil Enganar os Deuses – Paulo de Tarso Pardal.

1999 – Glórias e Vanglórias – Vasco Damasceno Weyne.

1999 – Sai o primeiro número de Literapia – Revista de Literatura da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, sob a direção do poeta Pedro Henrique Saraiva Leão.

1999 – Caos Portátil – Jorge Pieiro.

1999 – O Pranto Insólito – Eduardo Campos.

2000 – Pequenas Histórias Matutas – José Hélder de Souza.

2000 – Histórias de Zoologia Humana – Dimas Carvalho.

2000 – Brincar Com Armas – Pedro Salgueiro.

2000 – O Pranto Insólito – Eduardo Campos.

2001 – Sobre o Mundo – José Peixoto Júnior.

2001 – A Revolta do Computador e Outros Contos de Mistério – Artur Eduardo Benevides.

2001 – Linha Férrea – Tércia Montenegro.

2002 – Reunidos, em livro, 11 contos de Adolfo Caminha, por Sânzio de Azevedo, sob o título Contos, pela Editora da UFC.

2002 – A arte de engolir palavras – Lourdinha Leite Barbosa.

2002 – A Viúva do Vestido Encarnado – Barros Pinho.

2002 – Peixe de Bicicleta – Sérgio Telles

2002 – Janeiro é Um Mês Que Não Sossega – Batista de Lima.

2002 – Dançando com Sapatos que Incomodam – Luciano Gutembergue Bonfim.

2002 – Sobre a Gênese e o Caos – João Soares Neto.

2003 – Faca – Ronaldo Correia de Brito.

2003 – Fábulas Perversas – Dimas Carvalho.

2003 – Sob Eros e Thanatos – Giselda Medeiros.

2003 – Mosaicos – Maria Thereza Leite.

2003 – Se Me Contam, Eu Conto – Regine Limaverde.

2003 – Um Homem Chamado Noel – Mario Pontes

2004 – Chame os Meninos – Lucineide Souto





11 – CONCLUSÃO

Nas milhares de páginas pesquisadas para a elaboração deste estudo foram localizados centenas de contistas, desde o século 19 até hoje. Infelizmente muitos contos devem ter se perdido. De alguns escritores foi possível resgatar parte de seus contos, como é o caso de Adolfo Caminha e Oliveira Paiva, graças aos esforços de historiadores, pesquisadores, estudiosos e ensaístas como Braga Montenegro e Sânzio de Azevedo. Assim também o norte-americano Walter Toop, que colaborou na pesquisa de jornais do Rio de Janeiro, para o resgate de contos de Adolfo Caminha. Outro nome inesquecível é o de Rolando Morel Pinto, sem dúvida o maior estudioso do criador de Dona Guidinha do Poço. Graças a eles os dois romancistas tiveram contos reunidos em livro.

Em relação aos novos, a dificuldade de chegar às suas obras é de outra natureza: muitos ainda não publicaram livro de conto e alguns daqueles que o fizeram não aparecem com freqüência nas páginas dos jornais e, em razão disso, seus livros parecem inéditos. Assim, é possível que alguns contistas não tenham sido citados no decorrer destas páginas.

Observa-se o quanto a forma do conto cearense se transformou ao longo do tempo, acompanhando os modelos universais. Assim, do conto curto, de estrutura rígida, vocabulário rico, frase bem torneada, de feição realista e às vezes romântica, como em Oliveira Paiva e Adolfo Caminha, se passou à narrativa mais próxima do regionalismo que mais tarde viria dar no chamado "romance de 30", e também do naturalismo, como em Gustavo Barroso e Herman Lima. Mais tarde, com o Grupo Clã, o conto se agigantou, como em Braga Montenegro, se acumulou de diálogos, se apropriou da psicologia, se valeu mais da linguagem oral e popular e se voltou para os temas mais pertinentes às pessoas mais pobres da cidade e do campo, como em Fran Martins, Eduardo Campos e Moreira Campos. Nessa trilha também seguiu Juarez Barroso, embora dando ao conto um feitio mais jocoso ou tragicômico. José Alcides Pinto buscou (e busca) outros caminhos, entre o fantástico, o escabroso e o inusitado. Caio Porfírio Carneiro, autor de vasta obra, ainda em construção, preferiu o conto mais curto, mais enxuto, mais preocupado com o tema do que propriamente com a linguagem ou a forma, sem delas se descuidar. Mario Pontes é outro que prefere o conto mais longo e, ao mesmo tempo, elaborado com zelo de artesão erudito. Francisco Sobreira é de outra linha: a do conto curto, tradicional, com enredo claro. Pode-se ainda dizer que a maioria dos contistas cearenses surgidos por volta de 1970 buscaram novas formas de narrar, novas técnicas, novos desenhos de linguagem, uns fascinados pela frase labiríntica (Carlos Emílio), outros pelo enredo furtivo e poético (Airton Monte, Natércia Campos, Barros Pinho). Os mais novos, em plena juventude criadora, buscam caminhar com seus próprios pés, porém lembrados de que o chão é o mesmo para todos, e recriam o fantástico (Dimas Carvalho), o maravilhoso (Tércia Montenegro), o absurdo (Jorge Pieiro), o fabuloso (Pedro Salgueiro), o real (Astolfo Lima Sandy), o regional (Batista de Lima).

Outros e outros contistas cearenses virão, sorrateiramente, um conto num jornal, outro numa coletânea, até chegar ao livro. Outros surgirão de surpresa, com livro repleto de novidades formais, como se surgidos para assustar os mais velhos, os mais apegados a fórmulas ultrapassadas. Outros, no entanto, porão a cabeça para fora do buraco, dirão "eu também existo" e logo desaparecerão na poeira do tempo. É sempre assim.

Esta obra de pesquisa não pretende ser a maior nem a melhor, no gênero. Lacunas poderão ser encontradas. Por que fulano não foi sequer mencionado? Por que sicrano mereceu apenas poucas palavras, enquanto beltrano ocupou páginas e páginas? Se outra edição dela vier, o autor pretende corrigir os defeitos. Se não vier, que sirva pelo menos de ponto de partida para livro maior e melhor.



BIBLIOGRAFIA SUMÁRIA



– Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa. Enciclopédia de Literatura Brasileira, Rio de Janeiro, Ministério da Cultura, 1990.

– Alexandre Barbalho. Cultura e Imprensa Alternativa: a revista de cultura O Saco, Fortaleza, Editora da UECE, 2000.

– Alfredo Bosi. História Concisa da Literatura Brasileira, São Paulo, SP, Editora Cultrix, 3 a. Edição, 1988.

– Antonio Hohlfeldt. Conto Brasileiro Contemporâneo, Porto Alegre, RS, Editora Mercado Aberto, 1981.

– Assis Brasil. Dicionário Prático de Literatura Brasileira, Rio de Janeiro, Edições de Ouro, 1979.

– Batista de Lima. O Fio e a Meada: Ensaios de Literatura Cearense, Fortaleza, Universidade de Fortaleza, 2000.

– _________ Moreira Campos: A Escritura da Ordem e da Desordem. Fortaleza, Secretaria de Cultura do Ceará, 1993.

– Braga Montenegro. Evolução e natureza do conto cearense, in Uma Antologia do Conto Cearense, Fortaleza, Imprensa Universitária do Ceará, 1965.

– ________ Eduardo Campos, Contista, in O Abutre e Outras Estórias, Fortaleza, Imprensa Universitária do Ceará, 1968.

– Carlos d’Alge. Antologia Terra da Luz – Prosadores. Diário do Nordeste, Fortaleza, 1998.

– Dias da Silva. Da Pena ao Vento – III (Anotações de Pé de Página), Fortaleza, RBS Editora, 2001.

Dimas Macedo. Leitura e Conjuntura, Fortaleza, UFC/Casa de José de Alencar, 1995.

_________ Crítica Imperfeita, Fortaleza, Imprensa Universitária, 2001.

__________ Crítica Dispersa, Fortaleza, Expressão Gráfica/Funcet, 2003.

– Dolor Barreira. História da Literatura Cearense. 4 volumes. Fortaleza, Editora Instituto do Ceará, 1948.

– Francisco Carvalho. Exercícios de Literatura, Fortaleza, UFC/Casa de José de Alencar, 1990.

– ________ Textos e Contextos, Fortaleza, UFC/Casa de José de Alencar, 1995.

– ________ Rascunhos e Resenhas, Fortaleza, UFC/Casa de José de Alencar, 2001.

– F. S. Nascimento. Três Momentos da Ficção Menor, Fortaleza, Secretaria de Cultura do Ceará, 1981.

– _______ Apologia de Augusto dos Anjos e Outros Estudos, Fortaleza, UFC/Casa de José de Alencar, 1990.

– Hélio Pólvora. Itinerário do Conto: Interfaces Críticas e Teóricas da Moderna Short Story, Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, 2002.

– Herman Lima. Evolução do Conto, in A Literatura no Brasil, volume 6, direção de Afrânio Coutinho, 3a edição, Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1986.

– José Alcides Pinto. Política da Arte; Ensaios de Crítica Literária. Fortaleza, Secretaria de Cultura do Ceará, 1981.

– ________ Política da Arte – II – Ensaios de Crítica Literária. Fortaleza, Banco do Nordeste do Brasil, 1986.

– José Hélder de Souza. Milton Dias, entre a crônica e o conto, in De Mim e das Musas, Brasília, André Quicé Editor, 1982.

– Raimundo Girão e Maria da Conceição Sousa. Dicionário da Literatura Cearense. Fortaleza, Imprensa Oficial do Ceará, 1987.

– Raimundo Girão. Antologia Cearense. Fortaleza, 1957.

Sânzio de Azevedo. Literatura Cearense, Fortaleza, Ceará, Publicação da Academia Cearense de Letras, 1976.

_________ Aspectos da Literatura Cearense, Fortaleza, Edições UFC/Academia Cearense de Letras, 1982.

– _________ Dez Ensaios de Literatura Cearense. Edições UFC, Fortaleza, 1985.

– _________ Novos Ensaios de Literatura Cearense, Fortaleza, UFC/Casa de José de Alencar, 1992.

– ________ A Padaria Espiritual e o Simbolismo no Ceará, Fortaleza, UFC/Casa de José de Alencar, 1996.

– _________ Adolfo Caminha (Vida e Obra), UFC, 2a. Edição, Fortaleza, 1999.

– Temístocles Linhares. 22 Diálogos Sobre o Conto Brasileiro Atual, Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1973.



Obs: Não constam desta bibliografia os títulos das obras literárias dos contistas mencionados, vez que citados no texto principal, assim como dos artigos e ensaios publicados em periódicos. Da mesma forma, não aparecem os títulos das antologias e coletâneas originadas de concursos literários e os nomes dos periódicos literários dos quais foram extraídas informações, sendo certo que esses títulos e nomes estão mencionados nos apontamentos dos nomes dos contistas neles incluídos ou estudados.


Nilto Maciel (Baturité, 1945) é um dos fundadores de O Saco. Publicou as seguintes coleções: Itinerário, 1.ª ed. 1974, 2.ª ed. 1990, João Scortecci Editora, São Paulo, SP; Tempos de Mula Preta, 1.ª ed. 1981, Secretaria da Cultura do Ceará; 2.ª ed. 2000, Papel Virtual Editora, Rio de Janeiro, RJ; Punhalzinho Cravado de Ódio, 1986, Secretaria da Cultura do Ceará.; As Insolentes Patas do Cão, 1991, João Scortecci Editora, São Paulo, SP; Babel, 1997, Editora Códice, Brasília; e Pescoço de Girafa na Poeira, 1999, Secretaria de Cultura do Distrito Federal/Bárbara Bela Editora Gráfica, Brasília. Tem novelas, romances e poemas em livros. Pertenceu ao Grupo Siriará. Editor, desde 1991, em Brasília, da revista Literatura. Em 2003 a transferiu para Fortaleza. Suas narrativas mereceram artigos e ensaios de alguns comentaristas e críticos cearenses, como F. S. Nascimento, Sânzio de Azevedo, Dimas Macedo, Batista de Lima, Francisco Carvalho, Caio Porfírio Carneiro, Carlos Augusto Viana, e também de outros Estados, como Foed Castro Chamma, Tanussi Cardoso, Francisco Miguel de Moura, Ronaldo Cagiano e Astrid Cabral. Tem contos traduzidos para o espanhol, o italiano e o esperanto. Ganhou alguns prêmios também no gênero conto. E-mail: niltomaciel@uol.com.br

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