segunda-feira, 17 de março de 2025

 25 03-17 

Achados do Vento 01 ®

FALTOU DIZER

Detesto quando o garçom enche meu copo. Servir a comida... vá lá que seja!

.

SEM SAÍDA I

-- Que covardia: falar de mim pelas costas... sem chance de me defender...

-- É muita ousadia. Teve o desplante de falar na minha cara... 

.

SEM SAÍDA II

Se leio, fico doido. Se não leio, fico doido pra ler!

.

APRENDIZAGEM

Metodologia infalível: ABC ➔ Aprendendo Brincando a gente Cresce.

.

E EU LÁ SABIA!

Farsesca é um adjetivo que significa relativo à farsa, ou seja, uma obra de teatro cômica, popular, simples e burlesca. 

.

SE CORRER O BICHO...

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come é o nome de uma peça de teatro escrita por Ferreira Gullar e Oduvaldo Vianna Filho em 1966.

.

COMÉDIA FARSESCA

A peça é uma comédia farsesca escrita em versos de cordel. Tematiza os conflitos no campo, entre trabalhadores, proprietários e políticos.

.

FICO POR AQUI

"É hora do almoço, minha mãe me chama." 

Que é hora, é! Quando ao chamado...

domingo, 16 de março de 2025

ORIGEM DOS DITADOS POPULARES - BALAIO DE GATO - LIVRO

 25 03-16



ORIGEM DOS DITADOS POPULARES
Você já se perguntou qual é a origem dos ditados populares que fazem parte do nosso cotidiano? O escritor e pesquisador cearense Helder Ferreira de Moura pegou essa missão para si e desvendou 750 dessas expressões em seu livro recém lançado, o “Balaio de Gato”.

A escrita de Helder é cativante, o autor compartilha uma coleção de causos deliciosos enquanto explora as origens e significados por trás de alguns dos ditados mais icônicos da cultura cearense e brasileira, como “Morreu Maria Préa”, “Costurar pra fora” ou palavras como “Bizú” e “Baderna”.

O autor conduz os leitores por uma rica jornada através da sabedoria popular, onde mistura pesquisa e narrativa. “Passei a vida ouvindo minha mãe usar esses ditos populares para nos ensinar sobre a vida, a sabedoria do sertanejo nasceu da oralidade.” Diz ele. Um grande diferencial de “Balaio de gato” é que conhecemos a raiz das palavras e como ela começou a fazer parte do contexto cultural e histórico do cearense e do brasileiro.

A inspiração para escrever Balaio de Gato vem de uma inquietação pessoal e da curiosidade em entender melhor as expressões populares que fazem parte do nosso cotidiano. Descobrir a origem dessas expressões é, além de prazeroso, enriquecedor, pois carrega um profundo aspecto histórico e humorístico.

Também vejo isso como uma forma de resistência cultural, já que, no começo, muitos viam esse tipo de estudo como “Cultura Inútil”, mas com o tempo, muitos se renderam ao valor que essas expressões têm, e se tornaram colaboradores no meu trabalho.
🖇️ Para saber mais, acesse o link na bio!
📸 Foto: Divulgação

VIVA A LEITURA - CORDEL - DALINHA E JOSENIR

 25 03-16

VIVA A LEITURA!

Autoras: Josenir Lacerda

Dalinha Catunda

1.

Vinde musa inspiradora

Pois é chegado o momento

De relatar nesses versos

O que dita o pensamento

E demonstrar gratidão

Lembrando cada lição

Da fonte do ensinamento.

2.

Uma fonte cristalina

Feita de letra e papel

Que tem diversos formatos

Comporta assunto à granel

É suporte no estudo

Pois oferta conteúdo

Quer seja livro ou cordel.

3.

Pois antes das grandes mídias

Entre as quais, televisão

O livro se destacava

Repassando informação

Cada página virada

Era uma história contada

Suprindo a imaginação.

4.

O encanto continua

E não há como negar

Ler um livro na internet

Não é como folhear

Sentir o mesmo na mão

Traz à tona a emoção

No contato singular.

5.

E desde as primeiras letras

O livro é bom timoneiro

Para quem visa crescer

É sinal alvissareiro

Pois ele com sua luz

Para o melhor nos conduz

É trilha, rumo e luzeiro.

6.

Na infância, uma cartilha

Nos ajuda a desbravar

O vasto mundo das letras

Para a mente clarear

E de letrinha em letrinha

Toda criança engatinha

Aprendendo a soletrar.

7.

E assim brota a palavra

Que gera frase e oração

Abre as portas da leitura

E amplia a nossa visão

Quer seja em prosa ou em verso

Clareia o nosso universo

Nos tira da escuridão.

8.

Quem tem um livro na mão

Tem a chave do saber

Cada lição repassada

É um mundo a conhecer

Do doutor ao aprendiz

Quando lê sabe o que diz

E o que se deve fazer.

9.

Nas mãos d'uma professora

O livro serve de guia

Definindo regiões

Se a aula é geografia

Mostrando rios e mares

E os mais diversos lugares

Em lição que contagia.

10.

No momento da pesquisa

O livro vem ajudar

A ele nós recorremos

Para informes encontrar

Seja qual for a temática

De maneira firme e prática

Ele vem assessorar.

11.

Seja na prosa ou no verso

Viajamos na história

Lendo fatos relevantes

Que guardamos na memória

Temas do nosso passado

Que no livro é registrado

Lutas de fracasso e glória.

12.

O livro é bom professor

Pois ensina conjugar

Verbos em todos os tempos

Pra conversa aprimorar

Hoje, passado e futuro

Quem captar com apuro

Aprende a dialogar.

13.

Quem se dedica à leitura

Garante a facilidade

Na hora de escrever

Não sente dificuldade

Quem é assíduo leitor

De ser um bom escritor

Cria a possibilidade.

14.

A leitura rasga o véu

Do olhar retira a venda

Quem tem costume de ler

Abraça encantada lenda

Sendo o livro boa fonte

A leitura vira a ponte

Que um novo mundo desvenda.

15.

E nada como voar

Nessa mágica aventura

Chegar até *Avalon

Sobre as asas da leitura

E com os deuses e fadas

Fazer lúdicas jornadas

Sobrevoando a cultura.

16.

A leitura nos eleva

Ao mais alto patamar

E nos mostra o universo

Sem sairmos do lugar

O livro faz o roteiro

Mesmo com pouco dinheiro

Conseguimos viajar.

17.

A criança deve ser

Logo cedo incentivada

As histórias infantis

Atraem a meninada

Que vendo tanta magia

Mergulham com alegria

Nesta lagoa encantada.

18.

Quem não guardou na lembrança

Histórias de antigamente

Do tempo que os animais

Conversavam feito gente

Sempre tinha alguém que lia

E a criançada sorria

Divertindo-se contente.

19.

O folheto de cordel

É opção de leitura

Pois ele igualmente um livro

É informação e cultura

Singelo na aparência

Porém rico na essência

Oferta a mesma estrutura.

20.

Ele que já foi leitura

Importante no sertão

Rimado e metrificado

Era a maior atração

Em terreiros e calçadas

Histórias lidas, contadas

E ouvidas com atenção.

21.

Hoje o cordel aparece

Com uma nova roupagem

Cada leitura repassa

Uma oportuna mensagem

Nas escolas é chamado

Para levar seu recado

De literária bagagem.

22.

O bom livro quando surge

Já traz sagrada missão

De passar conhecimento

E a luz da compreensão

Na cabeceira ou estante

Os seus préstimos garante

Qual bom guerreiro em ação.

23.

Tudo que a gente quiser

Um bom livro pode ser

Talentoso professor

Para quem quer aprender

Guru, mestre e confidente

Amigo, sócio, parente

Fonte de paz e prazer.

24.

O livro é pois, grande amigo

Sincero, bom, competente

É certo na hora incerta

Traduz o que a gente sente

É mesmo um bom companheiro

Cativante, verdadeiro

Discreto, doce e silente.

25.

Quem deseja competência

E busca sabedoria

Põe no livro de leitura

Seu dever de cada dia

Faz dele um novo horizonte

E busca a sagrada fonte

Que em cada folha se cria.

26.

O livro em silêncio fala

Sem jamais pedir segredo

Porque tudo que ele diz

Transpõe a cerca do medo

Pois vem da inspiração

Da mente e do coração

De quem pensou o enredo.

27.

Na história da cultura

O livro é protagonista

Desempenha o seu papel

Como faz o bom artista

Do cântaro do talento

Derrama o doce alimento

E o leitor assim conquista.

28.

Por mais que a gente fale

Sobre o livro, inda não basta

Seu valor é infinito

Valorosa é sua casta

O livro é aura divina

Que sobre o leitor se inclina

E sutilmente lhe arrasta.

29.

O livro é um grande exemplo

De modéstia e humildade

Embora tão poderoso

Investe em simplicidade

Doa-se no conteúdo

Supre pesquisa e estudo

Sobra em generosidade.

30.

Vamos exaltar o livro

Abraçar forte a leitura

Voar nas plumas douradas

Que envolve a literatura

Mergulhar nesse universo

De ensino, prosa e verso

Pois ler é grande aventura.

31

Assim sendo, nestes versos

Querido livro, obrigada

Por ser seta, foco e luz

Nessa cultural jornada

Clarão no nosso arrebol

Lanterna, lume e farol

No curso da caminhada.

32

Ao livro amigo devemos

Declarar o nosso amor

Cuidar dele com carinho

Ser guardião, seguidor

Divulgar sua nobreza

Seu valor, sua beleza

Ser mesmo um fiel leitor.

Crato, maio 2017

Cordel da autoria de Dalinha Catunda e Josenir Lacerda

Xilo de Maécio Maércio Siqueira


NA ESTAÇÃO DA SAUDADE - CORDEL - DALINHA

 25 03-16



NA ESTAÇÃO DA SAUDADE
*
Quantas histórias bonitas
Teve o trem em seu roteiro
Mas o descaso acabou
Com o trem de passageiro
Inda vejo o trem passar
Nos trilhos do meu lugar
Mas é apenas cargueiro.
*
Como não sentir saudades
Da vida no interior
Do trem que ia e voltava
Levando e trazendo amor
Do choro na despedida
Que havia em cada partida
Na face do sonhador.
*
Escuto um apito ao longe
É só imaginação
Pois nos trilhos da saudade
Balança meu coração
Em cada vagão lotado
A lembrança do passado
Sacode minha emoção.
*
As bancas das cafezeiras,
Bancos e bilheteria,
A sineta pendurada
Que no horário batia
Carreteiros de plantão
Disputavam na estação
Cada mala que descia.
*
Hoje as velhas estações
Testemunham a história
Da rede ferroviária
Que teve dias de glória
Conduzem nossa emoção
Quando apita a recordação
Sacolejando a memória.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda
Foto da postagem de Edmar Passos

sexta-feira, 14 de março de 2025

FERNANDO CÂNCIO

 25 03-14

Nascimento de Fernando Câncio, in memoriam

Via Pavilhão Literário


FERNANDO CÂNCIO - Nasceu em Fortaleza, aos 14 de março de 1922, filho de João Câncio de Araújo e Elisa Cavalcante de Araújo. Ingressou na UBT em 1975. Importante dirigente da União Brasileira de Trovadores, falecido em Fortaleza no dia 12 de outubro de 2013, aos 91 anos.

:::::::::

A vida de faz-de-conta

que levo desde menino,

é brinquedo de desmonta

nas peças do meu destino...


Nas tardes calmas sentidas

Bem-te-vi - que afinidade:

tu a cantar - tristes vidas

eu, vida triste - saudade!


No alto firmamento zarco

enflorando ouro em cascatas

soberbo, belo, o Pau D"Arco

é o perfeito rei das matas!


No palco azul desta vida

toda paixão é uma fraude,

pois no ato da despedida

somente a saudade aplaude...


Adeus... e foste saindo,

dizendo que voltarias...

E a saudade entrou sorrindo,

da mentira que dizias...


O que me importa a saudade

se os netos brincam lá fora,

a renovar a ansiedade

dos velhos sonhos de outrora?!...


Nesta saudade abrangente

que maltrata qual açoite,

vejo teu vulto silente

passando dentro da noite!


Tardes sem chuvas, de estio.

Cigarras, que afinidade,

passamos horas a fio

cantando a mesma saudade...


Saudade, marcas doridas

de um momento que passou;

bandeirinhas coloridas

que o tempo nunca rasgou.


Era um poeta de mão cheia,

hippie, cabelos revoltos...

Só poetava na cadeia,

detestava versos soltos!          

   *                                                                                                                                                                 Via Falando de Trova


quinta-feira, 13 de março de 2025

EDER JOFRE

 25 03-13


                        





                      

Faltando apenas um minuto 

Derruba o adversário no chão

"Galinho de Ouro", Éder Jofre

Com murro certeiro, de chofre

Cumpriu bem sua missão.

Feliz com mais uma faixa,

Nosso eterno campeão!

:::

Demorou, mas consegui encontrar uma rima para Jofre.

Nos dicionários só existem 2 palavras: enxofre e chofre. Ufa!

*

Não para por aí: esta rima tem de ser coerente com o contexto da poesia.

:::  ::::  ::::

Com certeza o maior nome do pugilismo do Brasil e talvez do mundo de todos os tempos, o "Pelé do Boxe", Eder Jofre morreu em 2 de outubro de 2022,  aos 86 anos.

AS

quarta-feira, 12 de março de 2025

ATO DE COMER

 25 03-12


ᶜᵒ𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 ᵃˢ
. 12 ⁰³ ²⁵
Comer, ato revolucionário? Será que estamos prontos pra “pôr a mão na terra?” Temos tempo para assar nosso próprio pão e compartilhar nossas refeições em companhias agradáveis ?
.
Se nós não temos tempo para cozinhar e comer adequadamente, então nós não temos tempo para viver.
.
Como Molière disse: “É boa comida, não boas palavras que me mantem vivo”. Satish Kumar